A grande crise dos transportes nos Estados Unidos

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Abril 13, 2024 - 15:29
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A grande crise dos transportes nos Estados Unidos

O transporte nos Estados Unidos vive um momento de crise. Desde a debacle na Boing até na queda da ponte Francis Scott Key, em Baltimore, passando pelo fato de que os EUA não são mais capazes nem de construir os próprios navios comerciais. Soma-se a essa lista algumas deficiências de longo prazo, como a falta de bons serviços ferroviários, as estradas mal conservadas e o delcínio na segurança e confiabilidade nos sistemas de transporte urbano no pós-pandemia. 

Considere o acidente do navio porta-contêineres que resultou na queda da ponte em Baltimore. É possível argumentar que isso faz parte de uma história maior sobre a infraestrutura antiga e decadente dos EUA. Afinal ela não teve nenhuma grande atualização desde a era Eisenhower emborao o governo Biden tenha dado a partida nesse sentido com seu programa de estímulo fiscal.

O impacto direto semanal do fechamento do porto de Baltimore é de cerca de US$ 1,7 bilhão, e o impacto indireto das mudanças na cadeia de suprimentos pode ser muito maior.

O transporte marítimo é mais barato e mais limpo do que feiro por caminhão ou avião. No entanto, a Lei jones, de 1920, exique que qualquer veículo marítimo que transporte mercadorias entre dois portos americanos seja construido nos Estados Unidos e de propriedade americana e que tenha a tripulação contratada no país, por razões de segurança. Como a indústria naval dos EUA encolhei drasticamente, o transporte nacional por águas esta altamente limitado.

A Boeing em 1997 foi autorizada a comprar a única outra produtora nacional de aeronaves a McDonnell Douglas, com isso observou-se que a inovação e a qualidade tem diminuido. Os orçamentos de pesquisa e desenvolvimento ficaram para trás em relação a Airbus, ao mesmo tempo que as recompras de ações aumentaram. A terceirização maciça resultou em cadeias de suprimentos altamente complexas e vulneráveis.

A questão é que essas crises de transporte, aparentemente distintas, apontam para maiores problemas na governança das empresas, no comércio exterior e na segurança nacional até na natureza da economia politíca dos EUA e como ela funciona (ou não) em um mundo de transformação. 

Fonte: Valor Economico (Rana Foroohar editora Financial Times em NY)